por Gisella Meneguelli
Naqueles dias de calor extremo, quem já não ouviu o comentário brincalhão "o ar condicionado foi a melhor invenção da humanidade"?
É verdade que o ar condicionado dá um grande alívio para nós em dias muito quentes. Mas a conta, depois, é alta. Não só financeiramente, mas, sobretudo, para o meio ambiente.
Há lugares que são muito quentes e não têm o luxo de ter energia elétrica "ilimitada", como Daulatdia, em Bangladesh.
As 28 mil pessoas que moram no local sofrem com temperaturas que passam dos 45º C vivendo em casebres sem água corrente.
E foi da necessidade que veio a criatividade de criar um ar condicionado que funciona sem energia elétrica. O invento é feito usando um pedaço de papelão duro e garrafas plásticas recicladas. O papelão é furado e cada furo é preenchido com o fundo e o pescoço das garrafas cortadas. Depois de terminado o engenho, o painel é posicionado na frente de uma porta ou janela para produzir um efeito refrigerador, refrescando ambientes à temperaturas menores do que 12º C.
A explicação para o fenômeno é a seguinte: o ar quente entra pelas garrafas pelo lado e fora e, depois, manda um ar frio pela passagem do pescoço.
Além do efeito social da invenção, que melhora a qualidade de vida dos moradores de Daulatdia, a ação sustentável ajuda na reciclagem de materiais.
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